segunda-feira, 19 de setembro de 2022

 Por que você frequenta a escola?

Assim como a família, a escola tem também sua fundamental importância para o aprendizado de todos nós, principalmente das crianças e adolescentes. A escola possibilita através da convivência uns com os outros uma troca de conhecimento, um amadurecimento intelectual e amistoso, contribuindo assim para o convívio social. 

Quando frequentamos a escola aprendemos que existem pessoas em outras condições sociais, com outros pensamentos ideológicos e com objetivos diferentes no mundo. Ao conhecer e compreender o outro elas desenvolvem a empatia. Aceitar as pessoas como elas são é parte do processo de reconhecimento do mundo. A socialização é um aprendizado indireto proporcionado pela escola.  
No século XVIII, o surgimento do movimento iluminista colocou o desenvolvimento de uma sociedade orientada pela razão como uma necessidade indispensável. Pautados por princípios de igualdade e liberdade, o discurso dos iluministas colocava o ambiente escolar como uma instituição de grande importância.
Ensinar o aluno a desenvolver suas percepções de mundo. Ensinar ao aluno seus direitos e deveres com a sociedade. Formar cidadãos capazes de transformar a sociedade e torná-la mais justa. Instruir o aluno para que ele consiga construir uma boa carreira no mercado de trabalho.

. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

A função social da escola é o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo, capacitando-o a tornar um cidadão, participativo na sociedade em que vivem. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização do individuo sendo necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da escrita, da ciência das artes e das letras, sem estas aprendizagens dificilmente o aluno poderá exercer seus direitos de cidadania.

A função social da escola, ela é muito relativa e complexa, pois há varias formas de pensar a educação, para três grandes sociólogos há diferenças da forma de pensar a função da escola na construção do aluno.

Para DURKHEIN a educação deve formar indivíduos que se adapte a estrutura social vigente instituindo os caminhos e normas que cada um deve seguir, tendo sempre como horizonte a instituição e manutenção da ordem social, a educação é um forte instrumento de coesão social e cabe ao estado ofertá-la e supervisioná-la. Para KARL MARX a educação deve ser vista como um instrumento de transformação social e não uma educação reprodutora dos valores do capital, para MARX a uma necessidade de uma escola politécnica estabelecendo três pontos principais: o ensino geral que é o estudo da literatura, ciências, letras etc.

A educação física que é atividade que promova a saúde do ser e a outra é o estudo tecnológico que visa acabar com a alienação do proletariado perante a classe dominante. Para MAX WEBER a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar está vinculada enquanto formação integral do homem, uma educação para habilitar o indivíduo para a realização de uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro de uma sociedade cada vez mais racionalizada e burocrática e estratificada.

Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e conscientes de seus direitos e deveres tendo compreensão da realidade econômica, social e política do país, sendo aptas a construir uma sociedade mais justa, tolerante as diferenças culturais como: orientação sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a esse aluno a importância da inclusão e não só no âmbito escolar e sim em toda a sociedade.



domingo, 4 de setembro de 2022

ATIVIDADE SOBRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

 TEMA: INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


“Independência ou morte!” Certamente você já ouviu essa expressão. Quem pronunciou essa frase tão famosa foi Dom Pedro I no momento da proclamação de independência do nosso país. Todavia, você já parou para pensar se tão somente dizer uma frase como esta torna um país livre? O que foi necessário para que o Brasil se emancipasse de Portugal de forma efetiva e consolidasse a sua independência?

A DATA
A Independência do Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1822. Logo após esse dia, o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I às margens do riacho do Ipiranga em São Paulo. Após o dia 7 de setembro de 1822, o Brasil precisou lidar com diversos conflitos que surgiram em seu território. Nem todas as províncias concordavam com a independência do país. As guerras de independência mostram como a emancipação do Brasil foi construída e as questões a serem enfrentadas a partir do momento em que se separa de Portugal sob o comando de Dom Pedro I.

IMPORTANTE

Em 1822, Dom Pedro foi coroado imperador do Brasil. É interessante analisar que o Brasil foi o único país da América a se tornar uma Monarquia após sua emancipação. Em todos os outros países americanos, a independência foi realizada para romper com a metrópole, adotando uma forma de governo republicana.  No Brasil, não houve participação popular, e sim, uma aliança entre a aristocracia rural e Dom Pedro, que representava a partir daquele momento a figura central de poder.

A COROAÇÃO
 

A imagem acima representa a cerimônia de coroação de Dom Pedro I, efetivada no dia 1º de dezembro de 1822, na Igreja Nossa Senhora do Carmo. O quadro foi feito pelo artista francês Jean-Baptiste Debret. Ao produzi-lo, o pintor teve a preocupação em mostrar a grandiosidade do momento, afirmando Dom Pedro como o rei do Império Brasileiro.
JOSÉ BONIFÁCIO

O novo rei teria muito trabalho pela frente. Deveria manter o país unido, consolidar a independência e ser reconhecido no panorama internacional. Nesse contexto, Dom Pedro contou com a ajuda de José Bonifácio. Ele influenciou muito o projeto político adotado pelo novo rei. De cunho autoritário, temia a participação popular e acreditava que o rei deveria ter maiores poderes. Apoiava o combate aos portugueses e aos republicanos.

A IMPORTÂNCIA DA INDEPENDÊNCIA 

A data foi um ponto de partida para algo muito maior: a nossa democracia (que precisa ser cada vez mais justa e respeitada), para uma liberdade, não só de um povo, mas uma liberdade de expressão e de pensamento. Precisamos passar bons ensinamentos, contar nossa própria história, reforçar a nossa cultura e fazer do Brasil uma grande nação consciente e sublime.

Texto: Tudo Sala de Aula, 2021
ATIVIDADES SOBRE O QUE VOCÊ APRENDEU

1. Que frase foi proclamada que marca o momento inicial da independência do Brasil?
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2. Sobre a Independência do Brasil, escolha a alternativa VERDADEIRA:
a) Não houve conflitos, tudo ocorreu de forma pacífica.
b) Portugal declara guerra contra o Brasil e acontecem diversos confrontos.
c) Várias províncias do Brasil entraram em guerra após a independência.
d) Apesar de as províncias discordarem de Dom Pedro assumir o trono, elas aceitaram sem questionar.

3. Segundo o texto, logo após a sua independência, qual o tipo de governo foi estabelecido no Brasil?
a) Democracia.
b) Aristocracia 
c) Monarquia.
a) República.

4. Que país europeu estava sobre o comando do Brasil antes da sua independência?
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5. Leia o trecho abaixo de Boris Fausto e depois  resolva à questão:

“... admitido o uso da força e as mortes daí resultantes, a consolidação da Independência se fez em poucos anos, sem grandes desgastes. Mais do que isso, a emancipação do Brasil não resultou em maiores alterações da ordem social e econômica, ou da forma de governo.”

De acordo com o trecho acima é possível concluir que:
a) a independência não derivou em mudanças sociais e econômicas profundas.
b) a concretização da independência foi rápida, mesmo sem guerras.
c) com a independência, ocorreram muitas transformações sociais positivas.
d) após a independência do Brasil, adotou-se um regime de governo republicano. 

6. A respeito da emancipação na América, responda:
a) Todos os países adotaram a monarquia como forma de governo.
b) Todos os países adotaram a república como forma de governo.
c) Somente o Brasil não adotou a monarquia como forma de governo.
d) Somente o Brasil adotou a monarquia como forma de governo.

7. Observe novamente o quadro que representa a cerimônia de coroação de Dom Pedro na Igreja Nossa Senhora do Carmo em 1º de dezembro de 1822. Sobre ele, é possível concluir que a imagem revela
a) um cenário popular, com elementos visuais simplórios e indivíduos menos favorecidos. 
b) características da nobreza, mostrando um rei com grande autoridade para governar.
c) uma visão simples de um país sem grandes perspectivas de avanços na economia. 
d) uma descontinuidade de traços culturais dos países mais nobres da Europa. 
8. Durante a independência, Dom Pedro foi auxiliado por José Bonifácio de Andrada e Silva, denominado patrono da independência. Marque a alternativa que evidencia as ideias de José Bonifácio:
a) Acreditava que o rei deveria delegar maiores poderes.
b) O rei tinha que concentrar seu poder e evitar a participação popular.
c) Democratização e eleições por voto aberto.
d) A população deveria opinar para que o rei governasse.

9. A independência do Brasil foi um marco muito importante para que o nosso país hoje vivencie:
a) um autoritarismo político.
b) um governo antidemocrático. 
c) uma soberania popular. 
d) um regime absolutista. 

10. Agora que você estudou sobre a Independência do Brasil, faça uma lista com cinco tópicos frasais que demonstram o que você aprendeu na aula de hoje.
 


1. Independência ou morte! / 2C / 3C / 4. Portugal. / 5A / 6D / 7B / 8B / 9C / 10. Resposta Pessoal. 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Autoridade moral / aula 2 _3° Bimestre





Ordem, do latim ordo, é a colocação/arrumação das coisas no seu devido lugar. Para a botânica e a zoologia, a ordem é cada um dos grupos taxonômicos em que se pode dividir uma classe.  ( * Taxonomia é o processo que descreve a diversidade dos seres vivos.)
            As ordens, por outro lado, subdividem-se em famílias. Isto significa que a ordem é a categoria que se situa entre a classe e a família.  Exemplo na Igreja Católica, as ordens religiosas são organizações cujos membros consagram a sua vida a Deus.
             A ordem pública é o conjunto dos princípios e das instituições que regem a organização social. Aqueles que violam a ordem pública atentam contra o ordenamento jurídico em vigor.
               Segundo Mary Douglas, em “Como pensam as instituições” (1986, pp. 43–45): A ordem social é formada por padrões de reciprocidade e afinidade. A sua manutenção, é garantia através da coerção moral que os indivíduos obedecem. Toda sociedade exerce um controle sobre seus membros. Esse controle é uma troca reciproca, entre as crenças e valores com aquilo é desejável. Isso, manifesta-se em forma de rituais, ritos, rotinas e processos de socialização.
Autoridade Moral
              Algumas pessoas são especialmente respeitadas porque mantêm um comportamento exemplar ou então porque se destacam pela conexão entre o que dizem e o que fazem. Estes indivíduos podem tornar-se uma autoridade moral para as pessoas ao seu redor e para o conjunto da sociedade.
               Na maioria das áreas profissionais existe uma escala hierárquica onde um ou vários chefes exercem o poder, consequentemente, têm certa autoridade sobre seus subordinados. Isto não quer dizer que o mandatário da empresa ou entidade tenha autoridade moral, pois esta condição não depende da escala hierárquica, mas sim das qualidades humanas do indivíduo. Um indivíduo com autoridade moral é aquele que se compromete com suas ideias e valores até as últimas consequências.
              Trata-se de uma pessoa que tenta ser coerente e, consequentemente, não expressa contradições entre o que faz e o que diz. Em suma, a autoridade moral é um status que alguém possui por causa de sua trajetória ética e de seus valores. Esta categoria pode ser alcançada por ser justo nas decisões, por adotar uma conduta honrosa e por realizar ações voltadas para o bem.
              Um indivíduo corrupto, hipócrita e sem princípios pode ter sucesso em sua vida pessoal e profissional, mas não faria sentido ser considerado uma referência moral.
Exemplos históricos de autoridade moral que acabaram tragicamente
Sócrates promoveu o debate filosófico entre os atenienses e defendeu com paixão a busca pela verdade e o respeito às leis.
Jesus foi acusado perante a autoridade romana de ter promovido uma revolta política mas Jesus não participou diretamente da política nem apoiou nenhum dos grupos ou tendências nas quais concentravam-se as opiniões e a ação política das pessoas que naqueles tempos viviam na Galileia ou Judeia. Isto não significa que Jesus estivesse alheio a tudo o que era de relevo na vida social do seu tempo. De fato, sua dedicação aos pobres e os necessitados não passou inadvertida. Pregou a justiça e, sobretudo o amor ao próximo sem nenhum tipo de distinção.
 Mahatma Gandhi foi o líder político que levou a Índia à independência. Foi um homem pacífico que defendia a não violência como arma que devia acompanhar a desobediência civil de seu povo. Sua atitude o levou à prisão e a todo tipo de sofrimento. Tornou-se o principal líder da Índia porque exercia autoridade moral sobre os demais.
Martin Luther King era radicalmente contrário à segregação racial dos negros nos Estados Unidos. Sua posição firme era realmente incômoda, na verdade, sofreu todo tipo de ameaças.
          Nos quatro personagens mencionados há várias coincidências: eram guiados por firmes convicções, todos foram referências morais para seus seguidores e os quatro acabaram morrendo tragicamente.
 (Sócrates foi obrigado a tomar cicuta após submeter-se a um julgamento repleto de irregularidades, Jesus foi condenado a morte de cruz, já Gandhi e Lutero foram assassinados).
               Na civilização da Roma Antiga Para os romanos, a auctoritas era uma virtude que algumas pessoas ou instituições possuíam. Esta qualidade lhes dava certo poder moral sobre o conjunto da sociedade. Neste contexto, os membros do Senado deveriam ser pessoas com honra, com senso de justiça e dignos de respeito.
           A auctoritas se refere à personalidade de um indivíduo e sua formação. Quando um indivíduo tem uma forma de ser carismática, assim como aquilo que diz e faz transmite valores, os outros lhe dão certa autoridade moral.
            Suas credenciais éticas, sua vontade e seus conhecimentos fazem com que as pessoas ao seu redor acatem suas ideias de maneira espontânea.

Jesus Cristo por exemplo possuía um poder pessoal bastante intenso, porque influenciava as pessoas pela sua autoridade moral – porque fundamentada no exemplo – e pela sabedoria de que era portador. Detinha a capacidade única de transmitir confiança, sem ser confundido com um homem arrogante com necessidade de exercer controle sobre os demais.
Conceito de Autoridade
O que é a autoridade?
Existe diferença entre autoridade  e o autoritarismo?
Qual foi a lição de Jesus sobre o assunto?
A autoridade verdadeiramente nos pertence?
Será cobrado de nós, um dia, o uso que fazemos do nosso poder perante os demais?
                 Uma das definições de autoridade é: “Direito ou poder de mandar”. Todo agrupamento social – uma nação, cidade, empresa, grupo familiar, a própria escola – necessita de um líder que exerça o poder com a finalidade de 
organizá-lo, dirigi-lo e mantê-lo.
                 Porém, não é tão raro que o direito de mandar fascine aquele que o possui, distorcendo sua capacidade de pensar e agir, porque esse deslumbre faz com que o “poderoso”, intimamente, se coloque num pedestal e olhe, de cima para baixo, todos aqueles que dele dependem.
               Analisando, historicamente, o uso da autoridade, por muito tempo prevaleceu na sociedade humana – salvo algumas exceções atuais – o exercício do poder contra a igualdade e a justiça, para a subordinação de indivíduos e povos.
Ocorreram, então, os mais variados desmandos através da tirania e da opressão.  E isso porque as diretrizes sociais eram determinadas pelo indivíduo ou pelo povo mais forte, que estabelecia as regras em função dos próprios interesses. Aos menos fortes, não restava outra alternativa senão obedecer. O que vigorava, portanto, era a autoridade caracterizada pelo comando absoluto e a obediência irrestrita. Quem liderava não prestava contas senão aos seus superiores, se os tivesse, e sempre tinha a razão perante os seus inferiores. Era o autoritarismo, o despotismo ou o absolutismo. O inconveniente, porém, é que, ainda hoje, prevalece esse tipo de comportamento em certas criaturas. Em seu desequilíbrio e “sede” de poder, impõem ordens e regras que, obedecidas passivamente, lhes trazem um enorme prazer e satisfação. Mas, em virtude do medo de perderem o respeito, acreditam que precisam ser temidas. E, para sustentarem o seu status de “poderosa”, costumam adotar uma postura fria, rígida, arrogante, altiva, ameaçadora, intransigente, intimidativa, enfim, de total desrespeito à pessoa do outro. Compreensível se torna, assim, a diferença entre a autoridade e o autoritarismo. A autoridade é a liderança necessária, na qual se exerce o poder com o objetivo de gerenciar – organizar, conduzir – o desenvolvimento e a harmonia do grupo. O autoritarismo se caracteriza pela tirania e opressão, em que se pratica o comando com fins egoísticos.
              O conceito de autoridade está relacionado com o conceito de hierarquia e corresponde ao poder de comandar os outros e levá-los a agir da forma desejada e constitui a base para a responsabilidade. É, portanto, uma relação de poder que se estabelece de superior para subordinado.
Autoridade Funcional
                Um conceito relacionado é o de autoridade funcional, o qual corresponde ao poder de comandar, coordenar e controlar os subordinados que desenvolvam tarefas específicas dentro de uma determinada área funcional. É, desta forma, uma das bases de funcionamento de qualquer organização, seja ela empresarial, associativa, religiosa, política, militar, ou outra.
Tipos de Autoridade
É possível definir dois tipos diferentes de autoridade, nomeadamente:
  1. Autoridade Jurídica, imposta por obrigação aos subordinados e que pode ser dividida em autoridade formal (formalizada através da estrutura organizacional) e a autoridade operativa (definida pelos procedimentos internos da organização);
  2. Autoridade Moral, surgida naturalmente da superioridade de conhecimentos comportamento exemplar ou então porque se destacam pela conexão entre o que dizem e o que fazem
   A coerção social
 A coerção social é um conceito do sociólogo e antropólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), aplicado em sua teoria sobre o fato social (princípios, regras e forma de controle e organização de uma sociedade).
O que é um “Fato Social”?

Fato social é tudo aquilo que orienta nossas atitudes de modo quase que inconsciente, pois existe antes de nós, ou seja, independente de nossa vontade. Ele é geral coercitivo e externo. São fatos sociais o idioma, a moeda, o sistema educacional, e os valores religiosos e morais. 
Esse conceito foi desenvolvido por Émile Durkheim em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, de 1895. Segundo ele nós agimos a partir de três formas básicas: instinto, costumes e racionalidade. Há coisa que fazemos que é inerente a espécie humana, em seu estado biológico, como comer, andar, emitir sons usando a boca e a garganta. Essas ações NÃO são “fatos sociais”. Outra coisa que não é
um fato social é uma atitude racional, pensada, mas que seu sentido seja desconhecido pelos outros indivíduos, como por exemplo, se eu criasse uma linguagem desconhecida de todos de minha sociedade. Nesse contexto, minha linguagem não teria sentido social; logo, isso também não seria um “fato social”. Dito o que não é fato social, vamos ao que seria um fato social.
 . 
             Para pensarmos em fato social não podemos ignorar a dimensão cultural do homem, ou melhor, dos grupos sociais. O conceito “Fato social” está ligado necessariamente ao elemento “cultura”. Tal conceito é uma categoria desenvolvida por Durkheim para definir do que a sociologia deveria se ocupar.
               Como a Sociologia surge para pensar os fenômenos sociais, logo tornou-se necessário definir uma categoria para classificar o que deveria ou não ser estudado por esta ciência que estava se organizando e ganhando seu espaço. A partir dessa necessidade, Durkheim criou o conceito categorizador denominado “Fatos Sociais”, o que utilizaria para classificar os fenômenos que seriam ou não objeto de estudo da Sociologia.
              Para Durkheim se enquadraria em “fato social” o fenômeno dotado de três características básicas:
I)             Generalidade;
II)            Coercitividade;
III)          Externalidade.
           Nota-se que tais características são elementos próprios da cultura de todos os grupos humanos, embora Durkheim possivelmente estivesse pensando nas sociedades de cultura europeia.
 >.     Os fatos sociais possuem uma força coercitiva que se dá pelas sanções legais ou espontâneas a que o indivíduo é submetido (são coercitivos). Outro aspecto dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre o indivíduo independente de sua vontade (são exteriores).
 >.         Os fatos sociais são gerais, se repetindo entre quase todos os indivíduos de um dado grupo, existindo em distintas sociedades, ainda que em um determinado momento ou ao longo da sua História. É importante lembrar que o que é fato social em uma sociedade, pode não ser em outra. O que é fato social hoje, pode não ser no futuro. Em suma, podemos dizer que o fatos sociais são gerais (generalização), ou seja, estão presente em quase toda a sociedade em análise. São coercitivas (coercitividade), pois fazem parte de um conjunto de normas sociais e que somos pressionados para realizá-los. Os fatos sociais possuem externalidade (externalidade) por existir antes do indivíduo e ser independente dele. A título de exemplo, tomemos o fato de estudar. Antes de nascermos já estava estipulada a norma que todos devem estudar, e isso independe de minha ou sua vontade. Somos coagidos a estudar, caso contrário somos discriminados e pressionados a retornar para a escola. Estudar é uma ação geral, pois praticamente todos os indivíduos estudam. Logo, estudar é “Fato Social”.

Sociologia- Em defesa da ordem

                Durkheim viveu no momento de movimentos muito agitados na Europa: a Primeira Guerra, o avanço do capitalismo, imperialismo. Ele viu uma grande desordem acontecer, e chegou a conclusão de que a ordem tinha que ser restabelecida, com leis naturais e bem definidas na sociedade. Para ele, o que faltava era autoridade moral.
                Esse sociólogo estabeleceu o fato social, que é o ato humano guiado quase inconscientemente, pois surgiu antes e continuará existindo depois de nós. É algo que atinge toda a sociedade quase que como uma imposição, sendo então algo criado pela sociedade, como o nosso sotaque (ou a mania que os curitibanos tem de não cumprimentar e nem falar com estranhos). Para Durkheim, o fato pode ser anormal, aquilo que sai da regra, deixando algo fora de harmonia; ou normal, seguindo as leis e normas, mesmo sendo ruim, como o crime e etc.
                  O sociólogo que estuda o fato social não pode sentir "emoções" e nem das opiniões sobre o que está estudando. Ele tem que entender que o fato social não atinge apenas uma pessoa, e sim um grupo. Há, na sociedade, órgãos com funções definidas, mais conhecidos como instituições (escola, religião, governo, sociedade, etc). Quando as mesmas cumprem o seu  papel trabalhando em harmonia  ocorre a normalidade social.
                 A sociedade de Durkheim seguia 3 modelos: o normal, onde leis e instituições trabalham em comunhão normal; a patológica, onde leis são insuficientes ou equivocadas; e a anômica, onde há completa desordem.
                 A consciência coletiva seria a "média" dos sentimentos e crenças em comum de uma sociedade; há a consciência individual, que torna a pessoa diferente dos outros na multidão. Vale lembrar que um grupo (sociedade) age diferente, comparado ao modo que uma pessoa que fosse retirada desse grupo agiria. 

Apostila modulo 5 

Responda 
1- Algumas pessoas são especialmente respeitadas porque mantêm um comportamento exemplar ou então porque se destacam pela conexão entre o que dizem e o que fazem. No que podem tornar se esses indivíduos?  
2- Segundo Mary Douglas, em “Como pensam as instituições” (1986, pp. 43–45): A ordem social é:
3- - A ordem pública, é o conjunto de:
4- Qual é a diferença entre autoridade e autoritarismo: 
5- Fato Social” é um conceito desenvolvido por Émile Durkheim em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, de 1895. Segundo ele nós agimos a partir de três formas básicas sendo elas:
6- O que é um “Fato Social”? Explique e de exemplos.
7- Quais são os três modelos de sociedade segundo Durkheim e qual a característica de cada uma delas? 
8- Como dever ser a conduta do sociólogo que estuda os fatos sociais?
9- Segundo a sociologia como é possível alcançar a normalidade social?